Segundo comunicou a OPAÍS o porta-voz do “Galo Negro” Alcides Sakala, não obstante a reunião de Segunda-feira, 22, ter abordado questões atinentes ao conclave, “em nenhum momento, Isaias Samakuva terá assumido esse posicionamento”. “Foi com supressa que tivemos contacto com a matéria, que, digase, omite a fonte de informação. Portanto, não é um conteúdo oficial. É especulação” disse Sakala.
Segundo noticiou ontem o jornal de Angola, com base numa fonte anónima, a informação da candidatura de Samakuva, no XIII congresso ordinário dos ‘maninhos’, foi avançada ontem pelo próprio líder, na décima reunião do Comitê Permanente da Comissão Política do partido. A mesma fonte acrescenta que, na ocasião, o actual presidente da UNITA encorajou os restantes militantes e interessados a concorrer que o fizessem, sem receios. Entretanto, na semana passada, analistas da praça pública em declarações à VOA, criticaram a indecisão do actual líder da UNITA, por estar, alegadamente, a inibir potenciais candidatos à presidência.
O General Abílio Camalata Numa, um dos prováveis concorrentes à presidência, caso Samakuva se recandidate, diz não ter ouvido esta informação do presidente durante a referida reunião. A ser verdade, acrescenta que estará a cometer um erro que considera “crasso” diante dos princípios do partido, que passam, para além da doutrina partidária, pela ética.
O presidente da UNITA prometeu em 2017 abandonar a liderança do maior partido da Oposição, colocando o seu lugar à disposição no arranque daquele novo ciclo político em Angola. Isaías Samakuva foi eleito presidente da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA) em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola. OPAIS