Segundo a ministra do Ambiente angolana, Paula Coelho, trata-se de "pequeno projeto", mas o país precisa ainda de dar "passos precisos" para ter uma autoridade nacional ao Fundo reconhecida a nível nacional para "melhor poder fazer o engajamento internacional".
À margem do primeiro Diálogo Nacional sobre o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla inglesa), que decorreu esta quinta-feira, em Luanda, reconheceu que o país continua ainda vulnerável às alterações climáticas e busca uma plataforma para mitigação e prevenção do fenómeno.
"E este é o esforço, acreditamos que todos estamos num processo à procura de recursos para resolver os nossos problemas nacionais e é de propósito que trazemos para Angola esse diálogo nacional porque se não percebermos, nem saberemos como atrair investimentos", explicou.
O sul de Angola, nomeadamente as províncias do Cunene, Cuando-Cubango, Huíla e Namibe estão assolados desde finais de 2018 por uma seca severa, situação que levou o Presidente angolano, João Lourenço, a deslocar-se àquela região, em maio passado.
Uma equipa técnica do Ministério do Ambiente angolano, que integra também especialistas estrangeiros, vai avaliar as vulnerabilidades do país.
"Não estamos isentos em olhar para aquilo que tem estado a decorrer a nível da costa e sobretudo no sul do país", considerou.
Em abril, o Conselho de Ministros aprovou um pacote financeiro de 200 milhões de dólares para solucionar problemas estruturantes ligados aos efeitos destrutivos da seca no sul de Angola.
Para Paula Coelho, é necessário mais que um apoio pontual.
"Devemos encarar de peito aberto e dizer que devemos sim combater, portanto, apelamos aqui a sobretudo a consciencialização, queremos ser também participantes dessa preocupação", referiu.
"Estamos aqui a abordar um quadro geral sobre seca para um período temporal de dois a três anos, mas com advocacia e apoio de todos vamos conseguir todos mudar para as boas práticas e cada vez mais diminuir as vulnerabilidades do nosso país", admitiu.