Recentemente, Simão Makazu foi acusado pelo Comité Central do seu partido de desvio de recursos e fundos no valor de 180 milhões de kwanzas, acusações negadas pelo político, para quem o dinheiro tem servido para apoiar as delegações provinciais do PDP-ANA.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola, nesta terça-feira, os delegados das quatro províncias negaram ter recebido dinheiro e apoio da direcção central do partido fundado pelo académico Mfulupinga Lando Victor.
De acordo com o Comité Central do PDP-ANA, a suspensão de Simão Makazu visa salvar o partido e sublinha que enquanto durar essa medida a força política vai ser coordenada por uma comissão de gestão até a realização do congresso extraordinário, a ter lugar nos "próximos 90 dias".
A comissão de gestão do PDP-ANA é liderada pelo antigo secretário-geral, Matinga Mbala, membro do Comité Central.
Por sua vez, Simão Makazu, não reconhece a decisão dos membros do Comité Central e assegura que vai continuar na presidência do PDP-ANA.
"Essas acusações são totalmente falsas", disse a propósito o político, acrescentando que “tais acusações só podem vir de um indivíduo que não está bem de consciência e de uma pessoa falsa”.
Makazu sublinhou que todos os órgãos de decisão do seu partido o apoiam, razão pela qual, no próximo dia 30 de Abril, vai reunir com o Comité Central para agendar o próximo congresso que vai ditar o futuro desta formação política.
Simão Makazu é o presidente do PDP-ANA reconhecido em 2015 pelo Tribunal Constitucional depois que um congresso do partido decidiu afastar o anterior líder, Sediangani Mbibi.
O PDP-ANA é uma das quatro forças políticas que integra a coligação CASA-CE, daqual faz parte desde 2017.