“Chamo a vossa atenção para o facto de o nosso serviço de informações militar relatar a incursão da marinha angolana nas águas territoriais da RDCongo ao largo do território de Moanda e no território de Tshela e Songololo”, refere Mblana Musense, numa carta dirigida ao ministro da Defesa do país, e hoje consultada pela Lusa.
“Os soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) estão a multiplicar as incursões na perseguição aos rebeldes da FLEC [Frente de Libertação do Estado de Cabinda]”, acrescentou o dirigente.
Na missiva, datada de 18 de agosto, o general assinala que a RDCongo e Angola são membros signatários do acordo de paz da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que, proíbe a agressão por parte de um dos Estados-membros.
“Sugiro que relembre o seu homólogo angolano a regressar ao senso comum, respeitando, ao mesmo tempo, os direitos da RDCongo”, escreveu o responsável, que sugeriu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros congolês o envio de uma mensagem ao mecanismo de monitorização da SADC “para lembrar Angola de respeitar as cláusulas da comunidade”.