O congresso do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) decorre entre 09 e 11 de dezembro, no Centro de Conferências de Belas, sul de Luanda, sob o lema “MPLA-Por uma Angola mais Desenvolvida, Democrática e Inclusiva”.
João Lourenço, atual presidente do partido e da República de Angola, é o único candidato à liderança do MPLA neste congresso, que deve reunir mais de 2.800 delegados provenientes das 18 províncias angolanas e do exterior.
Os dois primeiros dias estão reservados para os trabalhos oficiais, nomeadamente a apreciação e votação da resolução sobre o alargamento do comité central do partido e para o terceiro e último dia está previsto um ato de massas que será orientado por João Lourenço no estádio nacional 11 de Novembro.
O pré-candidato à liderança do MPLA António Venâncio, cuja intenção de concorrer ao congresso foi rejeitada, deu entrada, na passada semana, de uma providência cautelar ao Tribunal Constitucional (TC) angolano, visando “impugnar” o conclave.
António Venâncio, que se queixa de alegados obstáculos na recolha de assinaturas para a formalização da sua candidatura, espera igualmente que o bureau político do comité central do MPLA se pronuncie sobre o conteúdo dos argumentos do seu recurso.
Para António Venâncio, a preparação deste congresso do MPLA está eivada de um “conjunto de omissões e incongruências visíveis” ao espírito democrático: "Não podemos aceitar, por exemplo, que não haja uma comissão eleitoral, até agora não foi constituída”, disse recentemente à Lusa.
O VIII Congresso Ordinário dos “camaradas” decorre uma semana depois de a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição) realizar o seu XIII Congresso, por imposição do TC, que elegeu Adalberto Costa Júnior à liderança.
As próximas eleições gerais em Angola estão previstas para o segundo semestre de 2022.