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Número dois do MPLA, Bornito de Sousa ausente da campanha desde final de julho

Post by: 07 Agosto, 2017

Desde o final do mês de julho que não é conhecida atividade de campanha eleitoral ao candidato à eleição indireta para vice-Presidente da República de Angola pelo MPLA, Bornito de Sousa, mas o partido não avança qualquer explicação oficial.

O candidato, número dois da lista do MPLA às eleições gerais, foi dispensado por despacho presidencial de 26 de julho, por 30 dias, das funções de ministro da Administração do Território, precisamente para se dedicar exclusivamente às tarefas inerentes à campanha eleitoral para a votação de 23 de agosto.

Contudo, desde 31 de julho, quando teve agenda e atos de massas na província do Cuanza Norte, que deixou de ser conhecida a sua presença em qualquer atividade de campanha eleitoral.

A Lusa tentou obter, nos últimos dias, uma explicação oficial do partido para a ausência de Bornito de Sousa, de 64 anos, mas sem sucesso até ao momento, ao mesmo tempo que alguma imprensa local tem vindo a referir problemas de saúde do candidato na origem do afastamento momentâneo.

"Se o partido não fez nenhuma explicação oficial é porque não é nada de grave", disseram, por seu turno, várias fontes do MPLA, contactadas pela Lusa.

A campanha eleitoral do MPLA está a ser liderada por João Lourenço, cabeça-de-lista e que concorre à eleição, por via indireta, para Presidente da República. Na mesma data, João Lourenço foi dispensado pelo chefe de Estado das funções de Ministro da Defesa, para se dedicar igualmente à atividade partidária, tendo realizado comícios recentes, o último dos quais no Uíge, no sábado, seguindo-se Malanje, na quarta-feira (ambas no norte).

No sul de Angola, tem sido o secretário-geral do MPLA, António Paulo Cassoma, número quatro da lista do partido pelo círculo nacional, a conduzir os comícios, casos de Cuando Cubango, no dia 03 de agosto, e do Namibe, no dia 06 de agosto.

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, com seis formações políticas concorrentes - MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN - contando com 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A CNE constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda.

Nas eleições gerais são eleitos o parlamento, o Presidente da República e o vice-Presidente.

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