Num comunicado, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) manifestou enorme preocupação com o início da greve de taxistas, contrariando informações divulgadas por alguns meios de comunicação social.
No documento, a CASA-CE sublinha os efeitos nefastos e imediatos da greve dos taxistas na economia nacional, nas empresas, na vida dos angolanos e das suas famílias.
“Atento à onda de insatisfação latente no seio dos cidadãos, o colégio presidencial da CASA-CE condena com veemência os atos de vandalismo praticados hoje contra bens públicos e privados, em Luanda, e exorta patrioticamente os angolanos a manterem a serenidade e a encararem com elevado sentido de responsabilidade à caótica situação de mobilidade pública que se assiste, evitando qualquer tipo de atitude que promova a violência, o vandalismo e a consequente perturbação da ordem e da tranquilidade públicas”, refere a CASA-CE.
A terceira força política do país expressou a sua “total solidariedade” aos taxistas em greve, bem como à esmagadora maioria dos angolanos, direta e indiretamente afetados com a difícil situação de mobilidade pública instalada em Luanda, em tempo de pandemia.
Estradas cortadas, enchentes nas paragens e atos de vandalismo e destruição marcaram esta manhã as primeiras horas da paralisação dos taxistas, convocada por três associações, na cidade de Luanda.
A greve foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), pela Associação dos Taxistas de Angola e pela Associação dos Taxistas de Luanda e estende-se a nove províncias do país.
Os taxistas queixam-se do excesso de zelo dos agentes policiais de que são alvo e do mau estado das estradas e exigem profissionalização da atividade e formalização do anúncio do regresso à lotação a 100% dos transportes coletivos, feito na sexta-feira passada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado.
Em Angola, a grande escassez de transportes públicos é coberta maioritariamente por esta franja de taxistas privados, em transportes coletivos (candongueiros), que levam em média 15 passageiros, num trabalho que serve de sustento às famílias dos proprietários das viaturas, motoristas, cobradores, lotadores [pessoas que ajudam a preencher os lugares], lavadores das viaturas e pequenos fornecedores de refeições.