Centrais sindicais angolanas anunciaram hoje uma greve geral na função pública para março, considerando que o Governo “fez ouvidos de mercador” e “menosprezou” a proposta de aumento salarial na ordem dos 250%.
O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola considerou ilegal a greve liderada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJA) iniciada nesta segunda-feira, 24.
O secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) disse que a greve arrancou hoje em todo o território nacional, com 100% de adesão, com alguns casos de alegadas intimidações.
"A greve teve início hoje às 08:00 da manhã, a nível nacional, com 100% de adesão, sem nenhum pronunciamento da entidade patronal até ao presente momento", referiu Joaquim de Brito Teixeira.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) disse hoje que o Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) rejeitou o seu comunicado de greve, com início previsto para 20 de março, lamentando a posição daquele órgão.
A UNITA, principal partido da oposição angolana, manifestou hoje preocupação com as greves de várias classes profissionais, pedindo mais atenção do executivo para os problemas dos trabalhadores
Os enfermeiros angolanos vão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, por não terem sido atendidas as suas reivindicações pela entidade patronal, anunciou hoje o sindicato nacional desses profissionais de saúde.
A greve de professores universitários angolanos foi hoje suspensa até fevereiro de 2023, altura em que será retomada a paralisação caso não haja resposta das reivindicações, informou o sindicato.
O Conselho Nacional do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) de Angola anunciou hoje que vai retomar a greve suspensa a 24 de abril de 2021, com início a 23 de novembro, caso as suas reivindicações não sejam atendidas.
Trabalhadores da Angola Telecom, estatal angolana de telecomunicações, queixam-se de “impedimentos” para aceder à empresa e de “despedimentos ilegais”, após suspenderem a greve que durou quase 100 dias, e falam em “retaliação” do empregador, disse hoje fonte sindical.
Professores universitários angolanos decidiram hoje interromper a greve, que dura desde 03 de janeiro passado, até outubro próximo, “a pedido dos bispos católicos, que reconhecem a razão dos professores e recomendam ao Governo a resolver o problema”.