João Lourenço, acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, fez hoje um último apelo ao eleitorado feminino, num encontro com mulheres liderado pela Organização da Mulher Angolana (OMA), em que ouviu a líder do ala feminina do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Joana Tomás, a elogiar “o único dos candidatos que teve a coragem de indicar uma mulher como vice-presidente, a número 2 da lista do MPLA, Esperança da Costa.
O Presidente de Angola, que se recandidata a um segundo mandato, ouviu mensagens de mulheres dos vários setores profissionais e estratos sociais, das funcionárias publicas às zungueiras, antigas combatentes, religiosas, jovens, jornalistas e mulheres portadoras de deficiência, todas a garantir confiança no seu candidato e a afirmarem que o “8”, número do MPLA no boletim de voto, será a sua escolha nas eleições gerais de quarta-feira.
As mulheres “são as flores desse jardim que se chama Angola”, devolveu, por seu turno, João Lourenço, exortando a que as mulheres sejam tratadas como “uma flor, sempre com carinho, com delicadeza, para que não murche”.
“Não queremos ver essas flores a murchar, queremos vê-las cada vez mais bonitas e temos de as tratar bem, com igualdade”, disse o líder do MPLA, partido que governa o país desde a independência, em 1975, e que confia na reeleição.
João Lourenço sublinhou que é preciso lutar “no sentido de oferecer às mulheres os mesmos direitos e oportunidades de qualquer cidadão angolano”, direitos já consagrados na lei e que é preciso fazer cumprir para “dar dignidade” às mulheres.
Preocupações pelas quais o MPLA, destacou, “tem lutado e vai continuar a lutar”, para acabar com o analfabetismo, o abandono escolar e a gravidez precoce, bem como o “fenómeno criminoso da violência doméstica”.
E avisou: “só haverá paz social se conseguirmos trabalhar todos juntos, homens e mulheres em pé de igualdade”.
O Presidente prometeu “continuar a trabalhar pela igualdade de género, pelo empoderamento da mulher e da família” e salientou a importância da votação que acontece dentro de 48 horas, apelando à mobilização.
“Precisamos de trabalhar, ainda temos algumas horas e essas horas não devem ser desperdiçadas, o momento ainda não é de festa”, disse aos militantes, que hoje se juntaram no Pavilhão Multiúsos do Kilamba, em Luanda.
“A lei confere a possibilidade de trabalharmos hoje todo o dia a fazer caça ao voto, porta a porta, ainda temos tempo de ensinar os leitores a votar corretamente no MPLA e identificar sem hesitação a sua assembleia de voto”, pediu o candidato do MPLA, agradecendo à mulher angolana na despedida e pedindo-lhe: “não esquecer, no dia 24, de votar no vosso filho, João Lourenço”.
Mais de 14 milhões de angolanos, incluindo residentes no estrangeiro, estão habilitados a votar em 24 de agosto, na que será a quinta eleição da história de Angola.
Os 220 membros da Assembleia Nacional angolana são eleitos por dois métodos: 130 membros de forma proporcional pelo chamado círculo nacional, e os restantes 90 assentos estão reservados para cada uma das 18 províncias de Angola, usando o método de Hondt e em que cada uma elege cinco parlamentares, enquanto o Presidente será o cabeça-de-lista do partido mais votado.