O Programa de Apoio aos Partidos Políticos para uma Democracia Resiliente e Inclusiva (POPRID, sigla em inglês), orçado em 10 milhões de dólares, direcionado a sete países da África austral - Angola, Namíbia, Botsuana, Essuatini, Lesoto, Malauí e África do Sul -, e financiado pela Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), foi lançado hoje em Luanda pela Embaixada norte-americana.
De acordo com a Encarregada de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, Mary Emma Arnold, o POPRID, centrado na promoção de sistemas multipartidários representativos, surge no quadro de três pilares do engajamento da administração Biden, sobretudo em Angola, nomeadamente, prosperidade económica, segurança e boa governação, enquadrando-se neste último, que consiste em apoiar os "parceiros angolanos no desenvolvimento de instrumentos necessários para o reforço contínuo das instituições democráticas do país”.
“O nosso objetivo é fornecer as ferramentas através de programas como este, de partidos políticos para uma democracia resiliente e inclusiva”, disse Mary Emma Arnold, na cerimónia de apresentação do programa, que contou com a participação de membros do Governo angolano e de dirigentes políticos.
Segundo a diplomata norte-americana, o POPRID, programa regional que será implementado com a organização Democracy Works Foundation (DWF), “é mais uma ferramenta para a construção de uma democracia e de valores democráticos consistentes nos países abrangidos”.
“Através deste programa promovemos a criação de uma plataforma interpartidária, onde os partidos políticos podem reunir para discutir questões relevantes sobre o país fora do espaço parlamentar”, frisou.
O POPRID inclui a formação de cerca de 1.000 pessoas, incluindo 282 mulheres, ligadas maioritariamente aos partidos políticos, com temas ligados ao quadro jurídico que rege as eleições gerais e o papel da tecnologia digital nas eleições.
O planeamento estratégico para eleições e a participação e inclusão das mulheres jovens e pessoas com deficiência nas eleições estão igualmente entre os temas abrangidos pelo programa.
“Estes tópicos são relevantes para todos os partidos políticos no seu trabalho para a obtenção de resultados mais eficazes para os cidadãos de Angola”, sinalizou Emma Arnold.
Segundo a diplomata, o programa, centrado no apoio aos partidos políticos da região, deve contar com três linhas de abordagem, nomeadamente o diálogo interpartidário específico a cada país, o diálogo interpartidário regional e assistência direta ao reforço dos partidos políticos.
“Esta estratégia visa proporcionar uma oportunidade aos partidos políticos para encontrarem soluções sobre questões de desenvolvimento e governação de interesse comum, bem como fortalecer as instituições democráticas que contribuem efetivamente para o bem-estar e a prosperidade dos cidadãos”, concluiu a responsável.