João Lourenço discursava hoje na abertura do encontro nacional com os primeiros secretários dos Comités de Ação do Partido (CAP), com o lema “Todos para as Bases, Todos para as Comunidades", que acontece depois da realização, entre maio e agosto deste ano em todo o país, das assembleias de balanço e renovação de mandatos desta estrutura do partido.
Segundo João Lourenço, com as reformas em curso no país, como o combate à corrupção, a diversificação económica, o programa com o Fundo Monetário Internacional e maior abertura ao mundo, vislumbra-se “um futuro risonho” para o país.
O também Presidente de Angola apontou as oportunidades que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) tem dado a jovens e mulheres dentro do partido e no aparelho de Estado, apoio que vai continuar.
De acordo com João Lourenço, muitos jovens angolanos já deram provas de estar preparados para ocuparem importantes funções no aparelho do partido e do Estado, lembrando que, em 1979, quando morreu o líder do partido e Presidente da República, António Agostinho Neto, foi um jovem que assegurou os destinos do país.
“Recuemos ao longínquo ano de 1979, quando naquele momento difícil que os angolanos viviam, pela perda do camarada Presidente António Agostinho Neto, e enfrentando invasões militares de forças externas, o MPLA, mesmo naquele momento difícil, confiou a direção dos destinos do país ao camarada José Eduardo dos Santos, um jovem na altura com apenas 37 anos de idade”, sublinhou.
“Vamos por isso continuar a apostar nos nossos jovens, prepará-los e dar-lhes todas as oportunidades de ascenderem até onde suas capacidades permitirem, inclusive para assunção do mais alto posto de Presidente da República”, acrescentou.
No seu discurso, João Lourenço destacou a importância dos CAP, que pretende “mais inseridos na sociedade, nas comunidades, não a consumir o tempo em reuniões e leitura de documentos apenas”.
“Mas a interagir com as pessoas, com as angolanas e angolanos, independentemente da sua filiação partidária, para com eles abordarem os problemas reais da vida, que os afligem, ligados à habitação, água, energia, escola para os filhos, saúde e outros problemas”, disse.
João Lourenço afirmou que o MPLA “é um grande edifício, o maior edifício político partidário que Angola conhece desde os anos 50”, apelando aos seus militantes para que cuidem “das suas fundações, dos seus alicerces”, que são "os milhares de Comités de Ação do Partido".
“Porque são eles as bases da sua sustentação, contra as tempestades criadas pelos nossos adversários, que não fazendo oposição, encorajam e fomentam a desordem, organizam e lideram a subversão, como ficou evidente agora na aprovação da Lei contra a Vandalização dos Bens Públicos, tendo ficado provado, o que já era evidente, que estão por detrás destas práticas antissociais e criminosas”, disse.
O líder do partido no poder em Angola, desde a sua independência, em 1975, realçou que, “apesar das dificuldades ainda existentes, dos problemas ainda por resolver, é preciso dizer ao cidadão o quanto o executivo, suportado pelo MPLA, tem feito em prol do progresso, do desenvolvimento económico e social do país”.
“Os nossos camaradas primeiros secretários dos CAP merecem todo o nosso respeito e consideração pelo trabalho que realizam, sem a preocupação do mediatismo que as câmaras fotográficas e a televisão proporcionariam caso acompanhassem o seu trabalho”, disse, criticando os “jogos de influência” que impedem a sua ascensão a cargos de direção do partido, exortando a denúncia e correção destas situações.