“Acho que os partidos políticos não têm incentivado a vandalização de bens públicos, porque os meios públicos, apesar de serem do Estado, também pertencem aos partidos políticos e esses têm essa responsabilidade de preservar os meios”, disse.
O líder do Partido de Renovação Social (PRS) de Angola, que falava no final do discurso do Presidente angolano sobre o Estado da Nação, apresentado na Assembleia Nacional (parlamento), classificou como “irresponsáveis” os que vandalizam os bens públicos.
Para Benedito Daniel, a prática do vandalismo de bens e serviços públicos em Angola “não pode ser atribuída” aos partidos políticos: “Porque os partidos políticos estão para educar os cidadãos e não são eles que contribuem, muito menos que formam os vândalos”.
“Não somos responsáveis pela vandalização dos bens públicos”, assegurou aos jornalistas, em resposta às acusações do Presidente angolano num discurso que durou duas horas.
João Lourenço assegurou, na sua intervenção, que o seu Governo continuará a prestar uma atenção especial aos crimes de contrabando, de exploração ilegal de recursos minerais e de vandalização dos bens públicos.
Exortou os cidadãos a unirem esforços e lançar uma cruzada nacional contra os referidos crimes, para que os seus autores, compradores e instigadores e fomentadores sejam “exemplarmente punidos”.
“Lamentavelmente, alguns deles são políticos e parlamentares, que têm a obrigação de defender a lei e o bem público, comportamento que deve ser condenado pela nossa sociedade”, atirou. Quanto ao conteúdo da mensagem sobre o Estado da Nação do chefe de Estado angolano na abertura do terceiro ano parlamentar da V Legislatura da Assembleia Nacional, Benedito Daniel disse que "foi o discurso esperado".
"Todas as áreas foram focadas e agora é o esforço dos angolanos para que possam compensar, cada um ao seu nível, para aquilo que possam contribuir”, afirmou o também deputado angolano.