Luísa Damião, que é também deputada na Assembleia Nacional, realçou que João Lourenço apresentou de forma exaustiva o retrato de todos os setores do país, com um acento tónico no setor da saúde e no seu desenvolvimento.
“Na mensagem sobre o Estado da Nação conseguimos também perceber que existem ainda desafios, mas também muitas oportunidades, e o Presidente foi muito claro, muito detalhista, em todo o trabalho que se está a fazer e que representa o compromisso com os angolanos”, disse.
No discurso chamou também a atenção, segundo Luísa Damião, para a valorização da mulher e do seu potencial, que desde 2017 tem vindo a registar “grandes progressos”.
“O Presidente falou também do setor da energias e águas, das estradas. Numa só palavra eu devo dizer que foi uma mensagem com muita esperança, uma mensagem com um compromisso muito forte, no sentido de responder ao anseios e aspirações dos angolanos”, disse, destacando o trabalho feito no âmbito da diplomacia “muito forte, muito atuante”.
Instada a comentar o protesto realizado durante a sessão pelo grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, Luísa Damião declarou que em democracia é preciso também “primar pela ética, pelo decoro parlamentar e pelo civismo”.
“Eu penso que enquanto deputados, os deputados têm o seu papel de representação, o seu papel de responder aos anseios e aspirações dos angolanos e é isso que devemos fazer, é isso que cimenta a nossa democracia, portanto, eu penso que os deputados devem continuar a pautar-se pela ética, pela deontologia, pelo decoro parlamentar e fazer o seu mandato para cumprir com o mandato”, disse.
Relativamente à realização das autarquias, Luísa Damião reforçou que o foi o MPLA que incluiu na agenda política este tema, tendo hoje o Presidente clarificado “muito bem” que existe um pacote legislativo autárquico que está na Assembleia Nacional, que deve ser concluído e sem o qual não é possível convocar-se eleições.
No que se refere à preocupação manifestada hoje pelo chefe de Estado angolano sobre o aumento do contrabando de combustíveis e a vandalização de bens públicos, Luísa Damião sublinhou que recentemente foi aprovada uma lei para fazer face a esta situação. “Porque se nós somos um país que está a caminhar para o desenvolvimento, não somos nós que devemos destruir aquilo que está a ser construído”, disse.