A informação foi hoje divulgada no final da reunião da Comissão Permanente da Assembleia Nacional, dirigida pelo seu presidente, Fernando da Piedade Dias dos Santos, para apreciação da proposta de programa da reunião constitutiva e de integração institucional dos deputados da IV legislatura da Assembleia Nacional.
A cerimónia de arranque da IV legislatura será marcada pela tomada de posse e juramento dos 220 deputados eleitos, bem como da eleição dos membros constituintes da mesa da Assembleia Nacional, nomeadamente do presidente, dos vice-presidentes, dos secretários de mesa, seguida de um discurso do presidente eleito.
Na sua intervenção de início da reunião, Fernando da Piedade Dias dos Santos elogiou a "posição sábia e corajosa" de todos os partidos que concorreram às eleições gerais de 23 de agosto, sublinhando que "numa competição nem todos ficam satisfeitos com os resultados".
Segundo o presidente da Assembleia Nacional, o mais importante é aceitar-se os resultados, "porque a vida do país vai continuar".
"E, felizmente, a maioria de nós foi reconfirmada, através das listas dos seus partidos", disse Fernando da Piedade Dias dos Santos, felicitando "aqueles que foram reeleitos".
Aos não reeleitos, o presidente do parlamento angolano encorajou a "seguirem o caminho, no sentido de contribuírem sempre positivamente para fazer de Angola um país bom para se viver".
"O mais importante é continuarem a ser úteis ao país e vocês têm as portas abertas. Aos que vão ficar, eu gostaria de ressaltar que, nos últimos cinco anos, tivemos uma boa experiência, aprendemos muito, e deveríamos aproveitar essa experiência para que o próximo mandato, que vai iniciar no dia 28, seja ainda mais frutuoso e com melhores resultados do que o anterior", frisou.
Angola realizou eleições gerais a 23 de agosto, das quais saiu vencedor o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 4,1 milhões de votos (61,08%), maioria qualificada, elegendo 150 deputados à Assembleia Nacional.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a segunda maior força partidária do país, alcançou 1,8 milhões de votos (26,68%) e 51 assentos parlamentares , enquanto a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) teve 643.961 votos (9,44%) e 16 deputados.
O Partido de Renovação Social (PRS), com 92.222 votos (1,35%) elegeu dois deputados e a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), com 63.658 votos (0,93%), elegeu apenas um deputado.
Concorreu também às eleições o partido Aliança Patriótica Nacional (APN), que teve 34.976 votos (0,51%), sem direito a assento parlamentar.