Uso excessivo de força pelas autoridades policiais, ameaças à liberdade de imprensa e impacto da seca em Angola, com consequente aumento da fome, são as principais preocupações que a Amnistia Internacional identifica no seu relatório anual sobre direitos humanos.
A Human Rights Watch (HRW) aplaudiu a entrada em vigor do novo código penal em Angola, que descriminaliza a homossexualidade, mas alerta para a implicação das forças de segurança angolanas em violações graves dos direitos humanos.
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano reconheceu hoje que o país ainda não atingiu a primeira posição dos padrões para eliminar o tráfico de seres humanos, mas está a esforçar-se para atingir o ponto de excelência.
Jovens e crianças angolanos, de ambos os sexos, são explorados por traficantes no seu próprio país e fora dele, alerta o relatório do Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico de seres humano, hoje divulgado.
A Amnistia Internacional (AI) alertou hoje para os abusos cometidos pelas forças de segurança de Angola durante a aplicação das medidas de contenção da covid-19, resultando em mortes, tortura e prisões e detenções arbitrárias.
O Departamento de Estado norte-americano disse hoje num relatório que Angola deu "passos significativos" para punir governantes que cometeram abusos, mas salientou que a "cultura de impunidade" e a "corrupção no governo" mantêm-se.
As cadeias angolanas recebem uma média diária de 90 a 100 indivíduos, provocando um excesso de população prisional, atualmente com 4.000 reclusos acima da capacidade instalada, disse o porta-voz dos Serviços Penitenciários.
A deputada socialista ao Parlamento Europeu, Isabel Santos, questionou hoje a posição de Bruxelas sobre a defesa dos direitos humanos em Angola, perante "atos recentes" no país, em questões enviadas ao Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell.
A delegação da União Europeia em Angola escreveu ao ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano a deplorar os incidentes de Cafunfo e a solicitar-lhe uma reunião para “abordar a questão diretamente”, disse hoje à Lusa um porta-voz comunitário.