O advogado da família de Inocêncio de Matos, estudante morto numa manifestação em Luanda há dois anos, diz que “não há vontade” de apurar as circunstâncias da morte e responsabilizar os culpados, mas garante que não vai desistir.
A consultora Fitch Solutions considerou hoje que a magra vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) nas eleições gerais vai manter um risco elevado de protestos e que o resultado reflete a oposição da juventude angolana.
A Direção Nacional de Direitos Humanos de Angola criticou os tiros feitos pela polícia para dispersar uma manifestação de um professor e alunos para exigir mais carteiras escolares, segundo dirigentes do Movimento Estudantil Angolano (MEA) que reuniram com a instituição.
O presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) disse hoje que escreveu à Direção Nacional dos Direitos Humanos sobre o desfecho de uma manifestação para reivindicar a falta de carteiras escolares, alegadamente reprimida pela polícia com tiros.
A Polícia angolana deteve um professor que organizou uma marcha de alunos para exigirem novas carteiras numa escola do município de Viana, província de Luanda, informaram hoje as autoridades.
O ministro do Interior angolano lamentou hoje os impedimentos do exercício da atividade jornalística por parte dos efetivos da Polícia Nacional e defendeu melhor identificação dos jornalistas, principalmente na cobertura de manifestações públicas, para tratamento diferenciado.
O comando-geral da Polícia Nacional de Angola assegurou hoje ao Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) que “não tem nenhuma orientação” para impedir ou deter jornalistas no exercício das suas funções e prometeu reforçar orientações aos efetivos.
A polícia angolana impediu hoje uma manifestação que deveria ter início no cemitério de Santa Ana e prendeu três pessoas após serem entrevistadas pela Lusa no local, na periferia de Luanda.
Forças políticas concorrentes nas eleições angolanas de 24 de agosto “demarcaram-se” hoje de atos que tendem a alterar a ordem e segurança pública “como manifestações, vandalismos e cenas de arruaça”, anunciou o Comando Provincial de Luanda da Polícia.
Ativistas angolanos apelaram hoje à recontagem dos votos e à não validação dos resultados das eleições de 24 de agosto pelo Tribunal Constitucional, anunciando manifestações “ininterruptas” caso não seja atendidas as suas reivindicações.