O arcebispo angolano do Lubango, Gabriel Mbilingue, disse hoje que “aumenta assustadoramente” o fosso entre ricos e pobres “que se socorrem do lixo" em busca de “qualquer coisa para enganar o estômago”.
Desigualdades significativas, pobreza, educação de baixa qualidade, saúde deficiente, fome, questões sanitárias e sociais sãos alguns problemas identificados por peritos da ONU em Angola, que recomendam reavaliar os subsídios aos combustíveis para aliviar o custo de vida.
O economista Alves da Rocha disse hoje que as desigualdades sociais em Angola são "aberrantes e indignas" e relevou que entre 2014 e 2021 perderam-se 326 dólares (337 euros) por ano de rendimento médio por habitante no país.
65 milhões de euros é o valor que a União Europeia em Angola disponibilizou para o combate à fome e à pobreza no sul de Angola. O montante foi anunciado pela embaixadora da União Europeia em Angola, Jannette Seppen.
Angola é um dos 32 países que diminuíram em 50%, ou mais, o seu Índice Global de Fome (IGF) desde 2000, apresentando ainda assim um nível “grave”, de acordo com um relatório anual hoje apresentado.
Um grupo de 22 técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano recebeu formação, de forma virtual, sobre a elaboração do índice de Pobreza Multidimensional (IMP), informou hoje o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O Governo angolano assumiu hoje que a pobreza multidimensional no país se tenha “agravado para mais de 54%”, sobretudo devido as “dificuldades impostas pela covid-19”, que se juntam ao “excesso de chuvas, à seca e outras calamidades”.
A Organização Não-Governamental (ONG) Amigos de Angola considerou hoje que o Orçamento do Estado para o país este ano é negativo porque vai manter a pobreza, o desemprego e as desigualdades no território angolano.