"A proposta de Orçamento para 2021 espelha um Orçamento de continuidade que contribuirá para a perpetuação da pobreza extrema, altos níveis de desemprego e desigualdades territoriais", escrevem os ativistas desta ONG num comentário ao orçamento assinado por Rafael Morais.
De acordo com a análise enviada à Lusa, "os elevados níveis de pobreza e de informalidade associadas à falta de acesso a saneamento, cuidados de saúde e proteção social constituem fortes condicionantes à capacidade de contenção da propagação da covid-19 e de superação da atual crise económica".
Para esta ONG, "o grande desafio do Governo para o próximo ano será amortecer o impacto desta crise na vida dos angolanos, impedir a falência em massa de empresas, ao mesmo tempo de procura impedir que o número de fatalidades pela covid-19 seja semelhante ao que se assiste noutras regiões do mundo.
Lembrando que a economia não há cresce desde 2016, com um recuo acumulado do Produto Interno Bruto de 9%, esta ONG defende que "as políticas abraçadas pelo Governo angolano de continuar muito dependente das receitas do setor petrolífero para o Orçamento e como fonte de divisas resultam no baixo nível de desenvolvimento" e acrescenta que "a diversificação só acontece a médio e longo prazo quando estiverem traçadas melhores estratégias de desenvolvimento e os investimentos necessários feitos".
Segundo a ONG Amigos de Angola, "o incentivo e apoio financeiro das empresas privadas, em particular pequenas e médias empresas de facto com vista à criação de emprego, e o investimento no capital humano é fundamental para a mudança do quadro económico frágil que Angola vive neste momento".