O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse hoje que o acórdão do Tribunal Constitucional que levou ao afastamento de Adalberto da Costa Júnior foi "meramente político" e se destinou a dividir o partido e inviabilizar a alternância de poder.
O principal partido da oposição angolana, UNITA, anunciou hoje que o seu XIII Congresso, em que será escolhido um novo líder para o partido, será realizado até 04 de dezembro de 2021.
Mais de uma centena de apoiantes do líder destituído da UNITA estão concentrados frente ao local onde decorre a reunião da comissão política do partido angolano, que deverá marcar o próximo congresso, para declarar apoio a Adalberto da Costa Júnior.
A Procuradoria-Geral da República, que esta segunda-feira garantiu "categoricamente" ao Novo Jornal que não há qualquer processo de inquérito aberto contra Adalberto Costa Júnior, esclareceu hoje, a nosso pedido, que houve uma queixa-crime contra o destituído líder da UNITA, mas que "por não ter pernas para andar, foi arquivada".
A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) diz não existir qualquer processo contra o antigo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior.
A decisão do Tribunal Constitucional de anular o congresso da UNITA divide os juristas angolanos com alguns a considerarem isso como um exemplo do desacreditar do sistema jurídico angolano, mas outros culpando a UNITA e o próprio Adalberto Costa Júnior pelo erro cometido na sua candidatura.
Adalberto Costa Júnior afirma ao PÚBLICO que se ri da acusação sem fundamento, “com pena” do “triste espectáculo que João Lourenço está a servir ao país”. Para o destituído líder da UNITA, “é óbvio que isto tem a mão do senhor Miala, o chefe dos serviços de inteligência”.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Luanda, em defesa do Estado democrático, gritando “fora” ao MPLA, partido no poder desde a independência de Angola, há quase meio século, e defendendo o líder da UNITA deposto, Adalberto da Costa Júnior.
A deputada da UNITA (maior partido da oposição angolana) Arlete Chimbinda disse hoje que a discurso sobre o Estado da Nação proferido pelo Presidente da República, João Lourenço, ficou aquém das expectativas, criticando a exclusão da lei eleitoral.
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse opor-se a que haja um só candidato à liderança do partido no próximo congresso que vai escolher um novo presidente depois da anulação do seu anterior conclave pelo Tribunal Constitucional (TC).