Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o ministério liderado por Archer Mangueira refere que o pagamento será feito em quatro prestações, num modelo semelhante ao que já aconteceu em 2016.
Nesse ano, o pagamento foi feito em cinco prestações, entre agosto e dezembro.
"Esta medida permite ao executivo honrar os seus compromissos e suavizar as pressões de tesouraria decorrentes destes pagamentos", explica o Ministério das Finanças.
Acrescenta que a medida aplicada este ano permitirá "evitar que em dezembro ocorra um excesso de moeda em circulação", situação que poderia "pressionar a inflação e deteriorar o poder de compra dos cidadãos".
Angola vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial, devido à forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, tendo em curso várias medidas de austeridade.
Para o Ministério das Finanças, trata-se de um "novo normal", com a redução dos recursos financeiros do Estado, mas com o Governo angolano a tentar "satisfazer os seus principais compromissos, nomeadamente o pagamento de salários, o serviço da dívida e as despesas mínimas de funcionamento do aparelho do Estado".
"Com o propósito de assegurar a manutenção das condições necessárias e suficientes ao funcionamento do Serviço Público", conclui o comunicado.
No Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017, o Governo angolano prevê gastar 1,613 biliões de kwanzas (8.300 milhões de euros) em vencimentos a pagar aos funcionários públicos em todo o ano.