O réu de 36 anos, natural de Kimbele, província do Uíge e soldado das Forças Armadas Angolanas, foi condenado por ter morto a sua esposa, Judith Ângela, e dois filhos menores, Coji Orlando, de sete anos e Verónica Orlando, de dois.
O réu confessou em tribunal a autoria dos crimes e além de cumprir 24 anos de prisão maior vai também indemnizar a família das vítimas com uma quantia no valor de quatro milhões de kwanzas, 70 mil kwanzas de taxa de justiça e 20 mil kwanzas para os defensores oficiosos. Na leitura do autos da sentença o juiz da causa, Rivaltino Van-Dúnem, esclareceu que o réu suspeitava que a sua esposa mantinha uma relação extraconjugal.
Em função de tal situação, a malograda sofria sucessivos actos de violência doméstica, o que a obrigou a abandonar a casa para se refugiar em residências de familiares e vizinhos. Em Junho do ano passado, ainda segundo o juiz Rivaltino Van-Dúnem, o réu convenceu as vítimas (esposa e os dois filhos), para se dirigirem para uma mata nos arredores da sede municipal, “mentindo-lhes que não poderiam passar pela via normal porque os seus colegas (das FAA) estavam à sua procura para ser preso por crime de deserção”.
O cidadão em causa, esclareceu o juiz, trazia consigo uma catana e um lençol, e, chegado ao local, ameaçou a vítima de morte, sob o olhar dos seus filhos, tendo-a obrigado a confessar "todos os casos amorosos" que mantinha com outros homens.
Com medo, segundo o juiz, a vítima confessou que mantinha um caso extraconjugal. (Jornal de Angola)




 
            
