"Temos algumas perspetivas no nosso plano orçamental e isso pode ajudar a resolver já os problemas candentes e equacionar o problema dos atrasados", disse Manuel Tavares de Almeida, após visitar as instalações daquela empresa pública, no município do Cazenga, em Luanda.
Na ocasião, o governante, que assumiu o cargo no final de setembro, assegurou que serão elaborados programas "para alavancar" a Empresa Nacional de Pontes de Angola.
"Conversamos com a direção, com a comissão sindical, demos uma palavrinha de conforto aos trabalhadores. Nós, a nível do ministério, vamos trabalhar estreitamente com a direção da empresa para gizar programas de alavancagem da empresa, para a mesma sair desta situação", assumiu.
Com dívidas para com os trabalhadores que datam desde 2011, a direção da Empresa Nacional de Pontes de Angola liquidou em agosto quatro dos salários em falta, pelo que segundo a comissão sindical estão ainda em atraso 48 meses de pagamentos.
Segundo o ministro Manuel Tavares de Almeida, a situação daquela empresa pública "foi agravada igualmente pela crise económica e financeira" que Angola, vive garantindo mesmo que "a empresa até tem valores a receber", mas na forma de títulos.
"Enfim, tem falta de atividade. Nós vamos tentar enquadrar e a situação é comum às empresas do país no setor da construção, vamos tentar equacionar", assegurou.
A situação afeta 400 trabalhadores espalhados pelas filiais da empresa nas províncias do Huambo, Huíla, Zaire, Moxico e Benguela, além da sede em Luanda, numa altura em que "reduziram" igualmente as empreitadas.
"Pagamento de salários significa liquidez, não basta ter receitas para receber é preciso liquidez. Então nós vamos gizar a retoma da produção e depois com as receitas, se elas entrarem. E acredito que vamos ter receitas, sim", referiu.
Diálogo e harmonia entre trabalhadores, comissão sindical e direção da empresa, foram os apelos deixados por Manuel Tavares de Almeida ao coletivo de trabalhadores.
"Para estarem atualizados das providências que estão a ser tomadas e com a esperança de que estamos todos juntos em busca da solução", atirou.
Em julho, o anterior ministro da Construção, Artur Fortunato, garantiu que a dívida do setor à firma havia sido já paga, tendo ainda responsabilizado a direção da empresa de pontes pelo atraso dos salários.