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Enfermeiros de Luanda em protesto limitam trabalho a partir de 13 de Novembro

Post by: 03 Novembro, 2017

Os enfermeiros de Luanda vão suspender as consultas nos centros de saúde, postos e hospitais públicos a partir de 13 de novembro, devido à falta de resposta das autoridades provinciais às reivindicações do setor, que se arrasta desde 2012.

Em declarações hoje à agência Lusa, o secretário-geral adjunto do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, António Kileba, disse que a decisão foi aprovada em assembleia, afirmando que o protesto envolve deixar de fazer os trabalhos que realizam na ausência dos médicos.

"Vamos manter apenas aquilo que está estipulado por lei que é a avaliação dos sinais vitais, organizar a unidade do doente, os cuidados do paciente. Então, esta será a atividade que vamos fazer a partir do dia 13, reatando apenas aquilo que a lei prevê, uma vez que os acordos estão a ser violados desde 2012 pelo governo", explicou.

Pagamento de retroativos, de subsídios de consulta e a promoção do pessoal fazem parte do caderno reivindicativo remetido em 2012 ao governo da província de Luanda, que segundo António Kileba continua "remetido ao silêncio", mesmo a após a moratória de cinco dias dada pelos enfermeiros, no final de outubro.

"Até agora, o governo não respondeu, ainda assim vamos remeter hoje mesmo o resultado da última assembleia que foi realizada na quarta-feira, informando a decisão sobre a suspensão das consultas ali onde estão os nossos técnicos", sublinhou.

O sindicalista lamentou ainda as condições de trabalho dos enfermeiros nas unidades hospitalares da capital angolana, argumentando mesmo que as reclamações sobre alegados maus tratos de pacientes "decorrem muitas vezes da falta de condições laborais".

"O que leva os pacientes a se depararem com essas características de atendimento. Não há papel muitas das vezes, quase sempre não há termómetros, não há telescópios, manómetros, não tem seringas, luvas. Todo um conjunto que concorre para essa situação", justificou.

A Lusa noticiou a 08 de maio que o Sindicato dos Enfermeiros de Luanda decidiu suspender a greve prevista para aquele dia, afirmando ter recebido garantias do Governo em solucionar as revindicações de há cinco anos, até agosto, como pagamento de retroativos, ajuste salarial e subsídios.

Situação que levou a classe a ameaçar paralisação dos trabalhos desde o princípio do mês de outubro devido aos incumprimentos das autoridades e ainda com argumentos de "má-fé" das autoridades.

Adriano Mendes de Carvalho foi empossado a 30 de setembro como novo governador da província de Luanda, indicado pelo Presidente angolano, João Lourenço, para substituir o general Higino Carneiro.

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