Em comunicado a que agência Lusa teve hoje acesso, a petrolífera admite algum atraso no fornecimento de combustíveis para as províncias do interior do país, devido ao mau estado das vias rodoviárias, que se acentuou com as fortes chuvas que se abateram sobre o território angolano nos últimos dias.
Na nota, a Sonangol sublinha que "não há nenhum 'apagão' generalizado na província da Lunda Norte e, em especial, na cidade do Dundo", como foi divulgado nos últimos dias em órgãos de comunicação social.
Segundo a petrolífera, o atraso no transporte de combustíveis para o interior, devido às chuvas, tem provocado problemas no abastecimento aos locais de armazenamento de combustíveis das várias províncias, forçando a uma gestão criteriosa dos grupos de geradores disponíveis nos diversos locais.
Esclarece ainda que, o Dundo dispõe de oito grupos geradores, sete dos quais estão desligados, alegadamente por falta de combustível.
"Mas a realidade é que na Prodel [empresa de produção de energia], que gere a produção da central termoelétrica do Dundo, existe, neste momento, uma quantidade de 207 mil litros de combustível, o que garante uma autonomia de dois dias e meio com oito grupos de geradores a funcionar em pleno", lê-se na nota.
Os responsáveis da Prodel na província da Lunda Norte, bem como a administração da central termoelétrica do Dundo, informaram na segunda-feira que há cerca de um mês que não é possível assegurar o fornecimento de eletricidade à cidade, por falta de combustíveis, limitando-se a garantir o consumo em locais prioritários, como hospitais.
Já a Sonangol garante que está prevista a chegada às províncias do leste de Angola, nas próximas 24 horas, de 490 mil litros de gasolina e 1,3 milhões de litros de gasóleo, que estão já a caminho. Além disso, estão a ser carregados em Luanda mais 420 mil litros de gasolina e 1,285 milhões de litros de gasóleo para as províncias das Lundas Norte e Sul e Moxico, igualmente no interior, pelo que, para a petrolífera, não há "qualquer razão para se utilizar um tom mais alarmista" neste caso.
"A Sonangol mantém um permanente diálogo e cooperação com a Prodel, com os agentes locais de distribuição de combustíveis e com as entidades oficiais que supervisionam o mercado, para que os cidadãos destas regiões tenham pleno acesso a combustíveis e ao fornecimento de luz elétrica", realça ainda a Sonangol.