De acordo com informações ainda preliminares avançadas pela Polícia Nacional, a operação "Luembe", nome do rio cujas margens são utilizadas para o garimpo ilegal de diamantes, permitiu a "libertação" daquelas áreas, concessionadas à Sociedade Mineira do Chitotolo, que estavam a ser invadidas por garimpeiros nacionais e estrangeiros ilegais.
O comandante provincial da Lunda Norte da Polícia Nacional, comissário Alfredo Quintino, esclareceu que durante a operação foram apreendidas cerca de 80 dragas, três motorizadas, moto-bombas, grupos geradores de energia elétrica e grandes quantidades de alimentos.
A polícia presume que estes garimpeiros ilegais integram cooperativas ilegais de exploração artesanal e semi-industrial de diamantes naquela província, tendo esta operação sido focalizada na vila mineira do Nzagi, no município do Cambulo.
O garimpo ilegal é considerado também um problema de segurança no leste de Angola, com as constantes detenções de cidadãos estrangeiros, essencialmente da vizinha República Democrática do Congo, em situação ilegal no país, detetados na atividade diamantífera ilícita.
A prospeção de diamantes em Angola tem de ser alvo de autorizações de concessão por parte do Estado, podendo ser constituídas cooperativas semi-industriais, com licenças mais pequenas.
Segundo o comissário Alfredo Quintino, a Polícia Nacional de Angola vai reforçar as operações de vigilância nas áreas diamantíferas da Lunda Norte, para travar o garimpo ilegal.
Os diamantes são o segundo produto de exportação de Angola, depois do petróleo, com vendas anuais equivalentes a mais de mil milhões de euros.