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Figuras portuguesas e angolanas esconderam 250 milhões de euros na Suíça

03 Dezembro, 2017

A gestora de fortunas suíça Akoya, que fechou as portas em maio de 2012, teria mais de 10 mil clientes e o património que geria estaria todo depositado no Crédit Suisse.

Os clientes portugueses e angolanos da gestora de fortunas suíça Akoya, que está a ser investigada no caso ‘Monte Branco’, terão escondido às Finanças de Portugal e de Angola cerca de 250 milhões de euros, noticia este domingo o Correio da Manhã.

“Quando a Akoya acabou, eu penso que devia ter à volta de 300 milhões de dólares de ativos sob gestão [cerca de 250 milhões de euros]”, disse o fundador da Akoya, numa audição no Departamento Central de Investigação e Ação Central (DCIAP), que aconteceu em janeiro.

Hélder Bataglia, constituído arguido neste processo, revelou à justiça portuguesa que “a maioria dos fundos tinha origem em Portugal”, de acordo com o CM, que cita o interrogatório que consta nos autos da designada ‘Operação Marquês’. A Akoya, que fechou as portas em maio de 2012, teriamais de 10 mil clientes e o património que geria estaria todo depositado no Crédit Suisse.

“Ele [o gestor de fortunas Michel Canals] explicava-me que eram tudo pessoas que tinham feito o RERT [Regime Excecional de Regularização Tributária] e que os fundos eram perfeitamente transparentes, não havia problema nenhum”, explicou o empresário ao procurador Rosário Teixeira, sublinhando que não sabia quem eram os clientes.

Segundo o matutino, entre os clientes da Akoya encontram-se personalidades como Ricardo Salgado, Hélder Bataglia, Álvaro Sobrinho, Luís Horta e Costa e Pedro Ferreira Neto, Duarte Lima ou Manuel Vilarinho.

“Os mesmos gestores da Akoya procuraram garantir o apoio de terceiros a Portugal, de forma a proporcionar aos seus clientes a disponibilização, em Portugal, de quantias em numerário, sem que fosse revelada a existência de uma conta na Suíça e sem que na mesma fosse lançada uma operação de levantamento de fundos por caixa, o que sabiam poder atrair a atenção das autoridades daquele país”, refere o DCIAP, em citações divulgadas pelo CM.

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