A posição foi assumida pelo general Hélder Pitta Grós, em declarações à imprensa no final de um encontro que manteve com procuradores junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
"Em acho que essa greve é inoportuna, não faz sentido nesse momento os trabalhadores entrarem em greve, porque todos os passos, desde que nós iniciamos a trabalhar há cerca de um mês, que reunimos duas ou três vezes com o sindicato, as preocupações que nos foram colocadas de imediato começamos a trabalhar nelas", disse o PGR angolano.
Segundo Hélder Pitta Grós, um dia antes do anúncio da referida greve o sindicato foi convocado para indicar um representante para trabalhar com os grupos de trabalho constituídos, entre os departamentos ministeriais das Finanças, da Justiça e Direitos Humanos e Administração Púbica, Trabalho e Segurança Social, para a resolução das reivindicações.
"Isto na quarta-feira e na quinta, surpreendentemente, eles entraram [convocaram] em greve. Nós continuamos a fazer o nosso trabalho, a realizar as reuniões com esses departamentos ministeriais, só que sem a presença do sindicato dos trabalhadores, porque eles próprios é que se esquivaram a indicarem o seu representante em detrimento de decretarem a greve", referiu.
Relativamente às consequências da greve, o PGR angolano garantiu que os serviços não foram afetados e continuam a decorrer.
"Em termos de serviços também conseguimos resolver a forma de atender, portanto, não há nenhuma preocupação em relação a realização do nosso trabalho no dia-a-dia, está tudo a correr normalmente", frisou.
O sindicato de funcionários da PGR decretou a greve na quinta-feira, tendo a mesma arrancado, na segunda-feira, devendo prolongar-se por três semanas.
De acordo com os sindicalistas, a greve, que abrange os mais de 1.800 funcionários nas 18 províncias e que tem como reivindicações a não aprovação dos diplomas legais sobre remunerações, reconversões e promoções, tem um nível de adesão próximo dos 100%, número que tem sido desmentido pela Procuradoria.