No comunicado assinado pela sua titular, Carolina Cerqueira, enviado à Angop, é referido que dada a gravidade das imputações, o Ministério da Cultura enquanto entidade pública responsável pelo acompanhamento e garante da liberdade de religião, crença e culto, considera ser seu dever proceder judicialmente visando o apuramento dos factos e das responsabilidades inerentes à situação.
“O Ministério da Cultura apela aos cidadãos e às organizações para-eclésiásticas, incluindo as plataformas religiosas, para que procedam à notificação às autoridades de falsos líderes religiosos, havendo provas para tal, de modo a evitar que os fiéis das mais diversas confissões religiosas sejam induzidos em práticas contrárias ao salutar exercício da liberdade de religião, de crença e de culto”, lê-se no comunicado.
O Ministério da Cultura recorda que os assuntos ligados à formação e credenciamento de líderes religiosos ou de ministros de culto não é da responsabilidade do Executivo, mas uma tarefa das entidades para-eclesiásticas que congregam no seu seio as confissões religiosas que são parceiras sociais do Estado.
“O Estado Angolano é laico e a liberdade de religião, de crença e de culto, sendo um direito fundamental consagrado na Lei, baseia a sua actividade no respeito pela Constituição e pela Lei, dado o relevante papel que a instituição Igreja representa na vida dos cidadãos e na sociedade angolana”, reforça.
Na quarta-feira, 28, em comunicado de imprensa, a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) denunciou a presença em Angola do falso bispo católico que, tendo trabalhado em Cabo Verde, fugiu das autoridades locais, após a sua exposição pública.