Em declarações à imprensa, o comissário da Polícia Nacional disse que o incidente resultou na destruição de duas viaturas do Estado, uma das quais afecta ao sector da Educação. Acrescentou que o mesmo (incidente) não representa uma manifestação, mas sim arruaça por ter sido marcado por actos de violência, o que contraria o direito à manifestação previsto na Constituição.
António Bernardo disse que neste momento decorrem os trâmites legais dos processos, no Serviço de Investigação Criminal para depois serem encaminhados ao Ministério Público para julgamento, ainda sem data.
O comissário da Polícia Nacional considerou “menos digno” o comportamento dos cidadãos implicados, salientando que ofenderam as autoridades e arremessaram objectos contundentes. “Os elementos que encabeçaram o acto de vandalismo estão detidos”, assegurou, desmentindo que não foram montadas barricadas ao longo do perímetro do local do evento. António Bernardo desmentiu ainda informações postas a circular, segundo as quais agentes da polícia estariam a cobrar 48 mil kwanzas aos taxistas cujas viaturas estão retidas por transgressão ao Código de Estrada.
“O dinheiro é pago de acordo à infracção e a taxa é estipulada por lei”, esclareceu o também delegado do Ministério do Interior, defendendo a promoção de campanhas de educação jurídica à favor dos cidadãos.
O comandante provincial da Polícia revelou que muitos cidadãos ao tomarem conhecimento da realização do acto central do 4 de Abril em Malanje promoveram uma série de campanhas de difamação nas redes sociais, incitando a população a sublevação e arruaças.O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Governo Provincial, Custódio Fernandes, também confirmou à imprensa que os indivíduos a contas com a justiça foram detidos pelo facto de terem destruído bens públicos e privados.
Os cidadãos em causa partiram vidros de viaturas, atearam fogo em pneus ao longo da estrada 140, e protestaram contra as autoridades locais, exibindo cartazes com os dizeres “ não queremos este governador”.
A pronta intervenção da Polícia de Intervenção Rápida permitiu destroçar os supostos vândalos do espaço adjacente ao Pavilhão Multi-usos “Palanca Negra”, que acolheu o evento da paz. JA