A informação foi avançada pelos moradores de cassoneca na povoação de Massesso no dia 4 de Outubro do presente ano. Moradores que vivem perto de Lagoa há mais de 35 anos, dizem que a infecção urinária tornou-se uma doença hereditária e tudo isto resulta das águas impróprias que os massessos consomem desde a data que decidiram habitar naquela localidade.
A equipa do Jornal A República, assistiu crianças a urinarem o sangue e os anciãos alegam que também são vítimas da doença. Porcos, cabritos e pessoas com recipientes correm na lagoa em busca do líquido precioso, líquido este que parece contagiosa e acarreta diversas doenças aos cidadãos.
Maria Domingos, moradora do Massesso, disse que a saúde não se faz sentir no local e reportou as doenças que assolam a povoação: “as crianças e adultos na sua maioria urinam sangue, temos tosse, dor do peito. Isso resulta da água que nós consumimos porque tiramos onde os porcos brincam, infelizmente não temos outra alternativa se não consumir a água da lagoa. E pedimos que a administração venha nos ajudar porque aqui falta tudo, não temos a água, falta escola, centro médico e luz”. Paulino Muquixi, Ancião da povoação, disse que a vida continua a ser dura e não é fácil chegar na vila sede do Icolo e Bengo atendendo os preços que consideram explorador.
Se Deus não permitisse para vivamos, acredito que todos nós teríamos morrido porque aqui ninguém goza de boa saúde. Pela distância que existe daqui a Catete ou Cabala é muito longa e muitos não têm dinheiro de táxi para chegar até lá, por isso, muito acabam por morrer pelo caminho. Alexandrina Fernandes Directora Municipal da Saúde do Icolo e Bengo e especialista em Saúde pública, junto com a sua equipa de avanço composto por médicos e enfermeiros do hospital Municipal, realizaram consultas na povoação endémica com doenças diversas, mais de 500 consultas foram feitas no primeiro dia de trabalho e o teste rápido de malária foi uma das prioridades.