O secretário-geral do sindicato dos trabalhadores da base petrolífera, Domingos Mazebo, disse a jornalistas que a empresa não faz nenhum reajuste de salários desde 2013.
“Nesta altura, os funcionários paralisaram os serviços portuário, transportes, mecânica, refeitório, serviços gerais e hotelaria, salvaguardando apenas os de energia e águas para atender os funcionários expatriados em regime interno”, explicou.
Domingos Mazebo fez saber que o levantamento da greve só será possível caso a entidade patronal satisfaça as reivindicações dos trabalhares, que, em concreto, exigem o pagamento do salário com base no actual câmbio em dólar praticado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Segundo o responsável, a greve regista uma adesão na ordem dos 90 por cento entre trabalhadores efectivos e os agenciados da Base do Kwanda.
“Desde de 2013 que a nossa empresa paga o salário dos trabalhadores com câmbio de 10 mil Kwanzas por 100 dólares, mesmo depois de um acordo firmado entre o colectivo dos funcionários e a direcção da empresa”, disse.
Com base no acordo colectivo, prosseguiu, discutiu-se com a empresa a implementação de um qualificador ocupacional no sentido de permitir que cada funcionário fosse remunerado em função do trabalho que desenvolve.
O sindicalista denunciou que, dois anos depois da sua discussão e aprovação, o qualificador ocupacional ainda não foi aplicado.
A direcção da Base do Kwanda negou gravar entrevista, apesar dos esforços envidados na obtenção de mais informações sobre a greve.