O comissário-chefe Paulo de Almeida falava hoje, em Luanda, na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo, tendo afirmado que a operação veio demonstrar que o país "estava a caminhar para uma anormalidade".
A operação visa reforçar a autoridade do Estado em todos os domínios, reduzir os principais fatores que provocam desordem e insegurança, bem como os da violência urbana e da sinistralidade rodoviária, aperfeiçoar os mecanismos e instrumentos para a prevenção e combate à imigração ilegal e proibir a venda de produtos não autorizados em mercados informais.
"Muitos foram os aplausos e muitas as contestações fazendo com que certos céticos se posicionassem em cima do muro à espera do fracasso desta operação, que se iniciou a 06 de novembro, combatendo práticas antissociais com vista a repor a autoridade do Estado", começou por apontar o comandante da polícia angolana.
Acrescentou que, contudo, a operação "veio demonstrar que o país estava caminhando para uma anormalidade que já se estava a considerar normal ou institucional".
"Todos hoje reconhecemos que o país precisa da ordem, de mais autoridade (...) Com isto, vimos melhoramento do sentimento de segurança, uma redução do crime, maior fluidez na circulação e bens, melhor proteção dos bens públicos, legalização das atividades e não só", acrescentou Paulo de Almeida.
"Por isso, a `Operação Resgate` vai continuar com mais força e sob a nossa capitania", assegurou.
Perante centenas de efetivos, o comandante-geral deu conta que 2019 será um ano em que a polícia "continuará a apostar na formação, a vários níveis, do ensino policial, reestruturando a organização e funcionamento de esquadras e postos policiais".
Paulo de Almeida garantiu ainda que vai avançar o redimensionamento da organização das estruturas centrais, a favor das unidades de base e as operacionais.
No âmbito operativo, aquela força de segurança quer "aumentar a cobertura policial, introduzindo sistema tecnológicos de prevenção, controlo e vigilância".
"Vamos melhorar os mecanismos das informações policiais, assim como as unidades de reação da ordem pública", realçou.
Aos cidadãos, o comandante-geral da polícia angolana exortou para o "respeito e obediência" às "instituições e agentes da autoridade", evitando, observou, a "confrontação física ou letal".
"O poder e a autoridade nunca podem ser abalados. Aquele que tentar terá a resposta à medida", rematou.