De acordo com a mesma fonte, o crime envolveu inicialmente o rapto do cidadão chinês Song Hong Bing, de 48 anos, alegadamente levado pelos suspeitos na noite do passado dia 08 de julho da localidade de Kahota.
As investigações, realizadas pela Polícia Nacional e pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Benguela, referem que os três chineses chegaram a exigir à família daquele cidadão, a trabalhar em Angola, o pagamento de um resgate de 500 mil dólares (430 mil euros).
“Tudo fizeram para que pudessem obter valores, mas os movimentos que fizeram com a vítima forçaram que dormissem tarde. Aí, ela, a vítima despertou e, já com os olhos desvendados, reconheceu os raptores. Foi por aí a sua sentença, eles puseram fim à sua vida’’, revela o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, Pinto Caimbambo,
O corpo de Hong Big foi encontrado na zona do Kapilongo, arredores da cidade de Benguela, nas imediações do local onde há cinco anos um cidadão chinês assassinou o jovem Pedro Ngule, vendedor de moeda estrangeira (kínguila).
A Ngule, também amarrado, foram subtraídas avultadas quantias monetárias.
Francisco Viena, advogado de uma família ainda hoje à espera da indemnização de 50 mil dólares que o Tribunal definiu, tem razões para estar preocupado.
“O Governo está a manter relações bilaterais com um país onde, infelizmente, a máfia é uma situação que assola o Estado. Muitos chineses que representavam perigosidade social naquele país entram em Angola e, naturalmente, crimes como estes vão acontecendo. Se olharmos para os dois casos, vemos as mesmas circunstâncias’’, lembra o jurista.
Na altura, Viena criticou a actuação das autoridades judiciais pela libertação do autor do crime mesmo depois de ter sido conhecida a sentença.
Agora, diz esperar que cada interveniente cumpra com o seu papel, uma vez que – como refere – ‘’em causa está o factor segurança’’
Lusa | Perola das Acacias