Sílvia Lutucuta disse das 17 amostras, uma tem o diagnóstico da estirpe Delta e 16 com a estirpe Ómicron.
“Em relação a estes dados, temos a referência de que todos estes casos são da província de Luanda”, disse a ministra, salientando que oito casos têm histórico de viagem, com sete provenientes da África do Sul e um da Inglaterra, e oito casos sem história de viagem.
A governante angolana frisou que este crescimento galopante de casos registados nos últimos dias, principalmente com circulação comunitária, tem ligação à variante Ómicron.
“Associada a isto temos muita referência das manifestações clínicas que há pouco citamos e continuamos também com outras estirpes que são mortais, mais letais, como a estirpe Delta”, sublinhou.
A titular da pasta da Saúde de Angola referiu que tão logo foram feitos os primeiros diagnósticos na África Austral, o país redobrou as suas medidas de vigilância epidemiológica e laboratorial para o diagnóstico e controlo desta variante.
Angola registou, nas últimas 24 horas, 1.859 novos casos, sendo 989 do sexo masculino e 870 do sexo feminino, com idades entre nove dias e 82 anos.
No mesmo período, foram registadas três mortes em Luanda, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 35 e 50 anos, com a recuperação de 39 pacientes, com idade entre três e 66 anos.
Nas últimas 24 horas, foram processadas por RT-PCR e antigénio um total de 6.551 amostras.
A ministra realçou que Luanda continua a ser o epicentro da doença, em que é preciso “continuar a cerrar fileiras nesta luta sem tréguas”.
“Luanda tem 1.712 casos nas últimas 24 horas, temos 45 em Malanje, 27 em Cabinda, 22 na Huíla, cinco no Huambo, dez no Zaire, nove no Uíje, sete no Namibe, seis na Lunda Sul, três no Moxico, dois no Cuando Cubango e um caso no Bié”, disse.
Por esta altura, Angola tem um cumulativo de 70.221 casos positivos, 63.968 recuperados, 1.746 óbitos e 4.515 ativos.
“Temos muitos casos ativos, muitas cadeias de transmissão, se não forem cumpridas as medidas, nós em pouco tempo vamos triplicar este número de casos ativos, por esta razão as únicas armas poderosas que temos é o cumprimento das medidas de proteção individual”, salientou Sílvia Lutucuta, apelando à vacinação.