Segundo contou à Lusa o jornalista António Sacuvaia, pelas 06:00 eram visíveis nos bairros dos Zangos 2 e 3 e no Cacuaco, “paragens apinhadas” e filas de táxis azuis e brancos, transportes coletivos também conhecidos como “quadradinhos” e “candongueiros, hoje parados devido à greve convocada por três associações de taxistas.
Sacuvaia relatou que alguns taxistas impediram outros colegas de trabalhar e alguns “lotadores” (jovens que se encarregam de lotar o táxi e preencher todos os lugares disponíveis) foram ameaçados e forçados a partir vidros e furar pneus das viaturas para que estas não pudessem circular.
Vídeos e fotografias postas a circular nas redes sociais mostram um cenário caótico em alguns pontos da cidade, com destaque para o que se vive no distrito urbano de Benfica, mais afastado do centro da cidade, onde um grupo de jovens incendiou bandeiras do MPLA e o edifício do comité distrital do partido que governa Angola há 46 anos.
Os vídeos mostram também estradas cortadas pela população com “zungueiras” (vendedoras ambulantes”) e jovens a impedir a circulação de autocarros e automóveis.
A paralisação foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda e estende-se a nove províncias do país.
Os taxistas queixam-se do excesso de zelo dos agentes policiais de que são alvo e do mau estado das estradas e exigem profissionalização da atividade e formalização do anúncio do regresso à lotação a 100% dos transportes coletivos, feito na sexta-feira passada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado.-