Segundo a freira Marcelina, citada hoje pela rádio católica angolana, os suspeitos arrobaram uma das portas do fundo da instituição escolar e levaram três computadores novos, um projetor de imagem e um novo aparelho de som novo.
“Entrou por detrás, abriu o armário onde tinha três computadores novos, um projetor e um aparelho de música e levaram”, contou a freira.
A responsável, que lamenta os “constantes assaltos” ocorridos na instituição desde 2020, fez saber que o facto já foi reportado às autoridades policiais e espera que estas encontrem os autores e “devolvam o sentimento de segurança” ao bairro Alto Luena.
A Igreja Católica angolana voltou a denunciar, a 20 de dezembro de 2021, o drama de assaltos violentos” às suas instituições, nos últimos três meses de 2020, lamentando a “ausência de resposta” das autoridades policiais que, no seu entender, “encoraja os assaltantes”.
A preocupação foi manifestada pelo arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias, quando denunciava dois assaltos ocorridos em duas instituições católicas da província de Malanje, onde as religiosas foram agredidas.
Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram preocupação, no passado 07 de outubro, com o “alto nível de criminalidade e de insegurança” no país, que atingiu no último ano mais de 60 instituições da Igreja Católica.
A polícia angolana regista escassez de recursos humanos e técnicos para dar resposta às preocupações de segurança pública nas 18 províncias do país, como reconheceu, em dezembro de 2021, o comandante geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Paulo de Almeida.
O comissário-geral da PNA, que falava durante um encontro com os jornalistas, em Luanda, fez saber que a corporação conta atualmente com cerca de 100 mil efetivos, um número que espera ver duplicado até 2025 e responder a demanda dos 30 milhões de habitantes.