No total, foram levados a julgamento 75 arguidos, entre condutores, lotadores e cobradores de candongueiros (transportes coletivos privados que levam até 15 passageiros), dos quais 72 foram postos em liberdade por não ter sido provado o seu envolvimento nos atos de vandalismo que ocorreram durante a paralisação de taxistas da passada segunda-feira, indicou Laurindo Sahana.
Entre estes, seis foram condenados ao pagamento de uma multa “por terem impedido colegas de trabalhar e colocado obstáculos para impedir as viaturas de circular".
Só três, que foram julgados no tribunal de Viana (arredores de Luanda, foram condenados a uma pena de prisão efetiva de três meses por terem estado envolvidos em atos de vandalismo.
Durante a greve dos taxistas, Luanda registou distúrbios e estradas cortadas em alguns pontos da cidade, tendo sido queimados um edifício do MPLA (partido do poder em Angola) e um autocarro do ministério da Saúde.
Os atos de vandalismo foram condenados e repudiados pelas associações de taxistas que convocaram a greve, pelo governo, pelo MPLA e pela UNITA, principal partido da oposição, que o partido do poder alegou estar por trás dos incidentes.
Segundo Laurindo Sahana, na quarta-feira a polícia “recolheu e encarcerou” ainda alguns taxistas, mas após denúncias de maus tratos a que estariam a ser sujeitos, foram libertados sem ir a tribunal.
Atualmente, segundo o advogado, o único que se encontra ainda detido é o ativista Luther Silva Campos “Luther King” que a Televisão Pública de Angola (TPA) acusou de incentivar ao vandalismo e arruaças.