O individuo cobrava entre 600.000 eum milhões de kwanzas para fazer o falso enquadramento na Polícia Nacional.
Segundo o SIC, os factos ocorreram em Julho de 2020, quando o falso superintendente-chefe disse a um amigo que tinha possibilidades de o enquadrar na PN e compareceu na sua residência, devidamente fardado, ostentando a patente de superintendente-chefe, para lhe cobrar a quantia de um milhão de kz em troca da sua integração nas forças policiais.
Foi aí, conta o SIC, que a vítima falou sobre o assunto ao seu irmão, que também acabou por se interessar pelo enquadramento na PN e a seguir fez uma transferência de mais de 600 mil kz, como orientou o falso oficial superior.
Conforme o Serviço de Investigação Criminal, mais de 70 cidadãos foram burlados pelo homem que se fazia passar por superintendente-chefe da polícia.
Para garantir a confiança das vítimas, o homem marcou um encontro com os candidatos num espaço baldio, no município de Viana, e distribuiu a cada um o seu Número de Identificação Policial (NIP), assim como comprovativos de promoção de patentes, o que os deixou muito confiantes e com esperança de serem polícias.
Como o tempo foi passando, as pessoas foram desconfiando e algumas das vítimas apresentaram queixa ao SIC, que, em colaboração com a polícia, desencadeou a investigação que culminou na detenção do falso chefe da PN.
Fernando Carvalho, porta-voz do SIC, certificou ao Novo Jornal que o individuo foi presente ao Ministério Público e ao juiz de garantia que lhe aplicou a medida de prisão preventiva.
O SIC-Luanda alerta os cidadãos de que há órgãos de Estado responsáveis pelos processos de recrutamento e selecção de pessoal quando esses processos são abertos, e que em nenhum momento o processo fica nas mãos de singulares.
Na semana passada, o SIC deteve um cidadão de 51 anos, também falso polícia, por burlar mais de 200 pessoas com promessas de enquadrá-las na corporação, o homem cobrava entre 150 e 500 mil kz e ganhou mais de 14 milhões. NJ