De acordo com a Biocom, o programa está aberto a pequenos e grandes agricultores e também a empresários agrícolas com interesse na plantação de cana-de-açúcar, “com forte compromisso na diversificação da agricultura angolana”.
Com este programa, a empresa pretende abastecer cerca de 70% do mercado nacional de açúcar e aumentar a produção agrícola em 10 mil hectares da província de Malanje (onde se situa a fábrica), “contribuindo para a diminuição de importações do produto”, lê-se no comunicado.
A unidade industrial refere que a iniciativa se dirige, essencialmente, a empresários e agricultores com capacidade reconhecida de investimento em terrenos de cultivo, de gestão do agronegócio e que assegurem o fornecimento de cana-de-açúcar à Biocom em doze anos.
O projeto integra dez mil hectares da Biocom no perímetro à volta do Polo Agroindustrial de Capanda, província de Malanje, sendo que o processo de seleção das candidaturas decorre até 2026, período em que arranca a fase da sua implementação efetiva.
A Biocom assegura a disponibilização das mudas de cana-de-açúcar aos parceiros e salienta que vai comprar a totalidade da produção para posterior transformação em açúcar e etanol, principais produtos da empresa com 15 anos de atividade em Angola.
Para apoiar os parceiros, no âmbito do projeto, a Biocom diz que conta já com um convénio com o Fundo de Garantia de Crédito, que deve proporcionar aos investidores assessoria e acompanhamento financeiro.
Rodrigo Melo, diretor-geral da Biocom, citado na nota, referiu que o projeto, que se traduz num ganho para a classe de produtores de cana-de-açúcar, inclui também assessoria e formação técnica para capacitação da mão-de-obra operacional, emissão de análises e recomendações agronómicas.
A Biocom integra a produção e comercialização de açúcar, etanol e energia elétrica a partir de biomassa.