Segundo uma nota da Embaixada americana enviada esta segunda-feira à ANGOP, participam na conferência organizações multilaterais de desenvolvimento, parceiros do sector privado e doadores.
Ela visa apoiar os sectores de mineração, agricultura, saúde e transportes, bem como facilitar o acesso à energia ao longo do Corredor do Lobito.
A conferência tem ainda como objectivo identificar as necessidades energéticas no Corredor e nos países membros, mapear projectos e desenvolvedores para criar um roteiro de coordenação e engajamentos em cada país, e estabelecer um sistema de comunicação com papéis claros para monitorar o desempenho e o impacto, refere o documento.
O evento contará com a presença de altos funcionários do governo dos EUA em Angola, incluindo William Butterfield, representante da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Angola, e Ted Lawrence, Coordenador Adjunto da Power África.
Espera-se ainda a presença de representantes dos Departamentos de Estado, Comércio e Energia dos EUA, da Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional e da Agência de Comércio e Desenvolvimento americana.
Outros participantes incluirão representantes de organizações multilaterais, como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Banco Mundial, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e a União Europeia (UE), bem como outros parceiros de desenvolvimento e do sector privado, lê-se na nota.
O Corredor do Lobito, também conhecido como Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), representa uma rota de transporte importante que conecta o interior africano ao Oceano Atlântico, incluindo nações sem acesso ao mar como a Zâmbia e a RDC.
Não é apenas uma rota comercial, mas também uma porta vital que abre esses países para os mercados globais, facilitando a exportação de minerais, produtos agrícolas e bens manufacturados.
As vantagens de utilizar vias férreas, como o Caminho-de-Ferro de Benguela, para o transporte de minerais são muitas. As ferrovias são mais eficientes para mover grandes volumes em longas distâncias em comparação com camiões.
Elas oferecem uma maior capacidade de carga por viagem, são mais eficientes em termos de consumo de combustível por tonelada de carga e têm um menor risco de acidentes e avarias, reduzindo assim a probabilidade de atrasos e danos à carga.
Além disso, os comboios são um meio de transporte mais amigo do ambiente, emitindo menos emissões de carbono por tonelada de carga. As ferrovias também desempenham um papel significativo na redução do congestionamento rodoviário, levando a tempos de entrega mais rápidos e confiáveis.