"O Projeto de Emprego Juvenil (Projeto Crescer), no valor de 125 milhões de dólares [107 milhões de euros], vai estimular o empreendedorismo e a criação de empregos entre os jovens angolanos, criando mais de 112 mil empregos indiretos, apoiando o crescimento de mais de 10 mil micro, pequenas e médias empresas (MPME) e ‘startups’, e expandindo o desenvolvimento de competências em setores-chave, incluindo agricultura, aquicultura, transportes e energias renováveis", lê-se no comunicado.
O projeto será cofinanciado pelo BAD (79,08 milhões de dólares, ou 68 milhões de euros), pelo Governo angolano (29,06 milhões de dólares, cerca de 25 milhões de euros) e pela União Europeia (16,08 milhões de dólares, à volta de 13,7 milhões de euros).
"Ao colocar a juventude no centro do desenvolvimento nacional, o Governo envia uma mensagem poderosa: que os jovens construirão o futuro de Angola”, afirmou o diretor executivo do BAD para Angola, Moçambique, Namíbia e Zimbabué, Eugénio Maria Paulo, na apresentação do projeto.
O Projeto Crescer visa reforçar o sistema nacional de planeamento, as parcerias público-privadas e o investimento público, e baseia-se nos progressos alcançados no âmbito dos programas emblemáticos do Governo para apoiar o empreendedorismo e a formalização da economia, nomeadamente o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações.
De acordo com o comunicado, o projeto deverá criar quase 150 mil postos de trabalho e formar mais de 97.500 jovens em tecnologias digitais, agricultura climaticamente inteligente e transportes), acelerando o crescimento de mais de 10 mil Pequenas e Médias Empresas (PME).
Segundo a mesma fonte, o Projeto Crescer tem três componentes principais: desenvolvimento de competências orientadas para a procura, aceleração empresarial e melhoria do acesso ao financiamento, juntamente com um ambiente propício e capacitação institucional.
O BAD tem uma carteira de 16 operações em curso em Angola, com um compromisso total de 1,45 mil milhões de dólares (mais de 1,24 mil milhões de euros), abrangendo os seguintes setores: energia (36,4%); água e saneamento (17,08%); transportes (0,17%), agricultura (14,1%), finanças (20,15%), social (11,63%) e ambiente (0,3%).
Desde o início das suas operações em Angola, em 1980, o banco aprovou compromissos acumulados de empréstimos e subvenções no valor total de 3,36 mil milhões de dólares, ou 2,9 mil milhões de euros, conclui-se no comunicado.