Angola encerra 2025 com um balanço marcado pelo contraste entre a euforia das celebrações do meio século de independência e a tensão social que explodiu nos très dias de tumultos em julho, após o aumento do preço dos combustivels.
Cerca de 50 angolanos manifestaram-se hoje frente ao consulado, em Lisboa, e cerca de 30 em frente à Embaixada de Angola em Londres, num protesto em que pediram respeito pelos direitos humanos no país africano.
Centenas de angolanos participaram hoje, em Luando, numa marcha pacífica contra a subida do preço do combustível e para pedir ao Governo que recue nestas medidas, que "adiam os sonhos" dos cidadãos.
Organizações da sociedade civil angolana condenaram hoje o corte da internet verificado sábado, em Angola, no período em que várias províncias protestavam contra a subida do combustível e das propinas escolares, considerando a medida uma atitude antidemocrática e ditatorial.
A Polícia angolana fez um balanço positivo da manifestação de estudantes contra o aumento das propinas, realizada hoje em Luanda, indicando, porém, que o protesto ficou marcado pelo aproveitamento de “um grupo de arruaceiros”.
Centenas de angolanos protestaram hoje em Luanda contra o aumento das propinas, do combustível, dos serviços do táxi e da precariedade das famílias, acusando as autoridades de insensibilidade ao clamor do povo e criticando impedimentos da polícia.
A Amnistia Internacional instou hoje as autoridades angolanas a respeitar e garantir o direito à liberdade de reunião e que as manifestações de 19 e 26 de julho, "contra o elevado custo de vida", sejam facilitadas e protegidas.
Bispos católicos alertaram hoje para a "iminência de convulsões" porque grande parte da população angolana está em condição de indigência devido ao agravamento da carência alimentar, originada pela "penalizante carga fiscal e salários sem poder de compra".
Estudantes angolanos anunciaram hoje marchas de protesto em várias províncias, no sábado, contra o aumento das propinas no ensino privado, dos combustíveis e contra o aumento das tarifas de água e eletricidade, que "agravam" o sofrimento das famílias.
Pelo menos nove pessoas ficaram feridas e 17 foram detidas na sequência dos protestos de sábado, em Luanda, contra a subida do preço do combustível, disseram hoje os organizadores, anunciando nova marcha para o dia 26 de julho.