Rui Ferreira , alega que renunciou por ter estado sujeito nos últimos meses ” à pressão de uma campanha intensa e cruel de mentiras , deturpação de factos , intrigas, calúnias e insultos” que estariam a lesar a sua reputação, dignidade e a prejudicar a sua saúde e imposto um sacrifício à sua família.
O magistrado diz que vai voltar a dedicar-se à docência na Universidade Agostinho, de onde é professor associado.
“Perdoem-me se voz decepciono com esta desistência, mas a saúde, a família, a honra, a dignidade e a paz estão antes do exercício de funções públicas em circunstâncias de tanta adversidade e excessivo esforço”, declarou o juiz-presidente demissionário.
Rui Ferreira tem vindo a ser acusado (entre outras) de envolvimento em casos de corrupção e em negócios incompatíveis com o cargo que exerce.
De acordo com a Secretaria para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República, o pedido foi “aceite no interesse da salvaguarda do bom nome da Justiça angolana”.
A nota anuncia que, nos próximos dias, “vai ser dado início ao processo de sua substituição, de acordo com o previsto na Constituição da República e na Lei”.