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Sonangol e Isabel dos Santos com versões diferentes no negócio da Galp

03 Janeiro, 2020

A Sonangol e Isabel dos Santos partilham uma posição na Galp através da Esperaza. O Estado angolano diz que a empresária não pagou a sua parte, em dólares, como previsto. Ela garante que cumpriu a sua parte.

Isabel dos Santos pagou, ou não, a posição acionista que detém na Galp através da Exem e está parqueada na holding Esperaza? A empresária garante que sim, o Tribunal Provincial de Luanda afirma que não, tendo sido esse um dos motivos evocados no despacho de arresto de bens.

Segundo o tribunal a Exem Energy comprometeu-se a devolver à Sonangol o valor correspondente a 40% do capital que detinha na sociedade, correspondente a 75 milhões de dólares. "Isabel dos Santos, nas vestes de presidente da Sonangol, nas vésperas da sua exoneração [novembro de 2017], autorizou que a empresa Exem procedesse à devolução dos valores em dívida, porém em kwanzas. (...)", descreve o tribunal, acrescentando que o novo conselho de administração liderado por Carlos Saturnino "procedeu à devolução do valor e exigiu que o pagamento fosse feito na moeda convencionada [dólares]", o que não aconteceu.

Isabel dos Santos responde e diz que "85% do investimento da Esperaza foi financiado por um conjunto de linhas de crédito bancário, sem garantias da Sonangol, nem garantias de petróleo, apenas com as ações como garantia".

De acordo com a empresária, o pagamento em kwanzas feito em julho de 2017 aconteceu a pedido do presidente da comissão executiva da Sonangol, Paulino Jerónimo, devido ao facto da empresa se encontrar numa "situação financeira crítica". Isabel dos Santos sublinha que o investimento na Galp é o "mais rentável na história da Sonangol".

Last modified on Sábado, 04 Janeiro 2020 12:15
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