Foi na sua página do Facebook que, Henrique Miguel “Riquinho” expressou a sua indignação com o actual cenário que vive dentro dos camaradas. Segundo o empresário, tem sofrido retaliações mesmo sendo militante do partido.
“O MPLA está a precisar de perder a maioria absoluta, aí as coisas vão mudar, alguns dos seus membros principalmente do secretariado do burreau político são muito arrogantes, os ministros não dão cavaco a ninguém, autênticos abusadores do poder. Já não consigo entender o que estão a fazer comigo, para mim é pura vingança”, escreveu o empresário, que ficou alguns meses preso na Comarca de Viana, por abuso de confiança.
Devido a falta de reconhecimento e as injustiças que tem sido alvo, Riquinho deixa claro que consegue fazer o MPLA não ganhar cinco zero, como tem dito o seu candidato à presidência da República, João Lourenço. “Terei que pessoalmente usar todos os meios ao meu alcance para fazer o MPLA não ganhar por maioria absoluta, ficar nos 48%.”
“Eu tenho capacidade de fazer o MPLA não passar a fasquia dos 45% ou 48%, seria um grande golpe para o MPLA, mas não terei outra alternativa já que não me querem, já que querem se vingar de mim, tenho que dar resposta sem sair do MPLA para não passar como traidor e perder o apoio dos militantes descontentes e injustiçados”, frisa.
Por outro lado, Miguel Riquinho, fez saber que o Estado deve-lhe 358 milhões de dólares, e que os imóveis que estavam na sua gerência foram entregues à família do Presidente da República José Eduardo dos Santos.
“O Cine Tropical não me deram, mas deram o parque Heróis de Chaves, à primeira-dama, o Paz Flor deram a filha mais nova do PR, o CCTA ao outro filho do PR, o parque do primeiro de Maio que serviu de base das minhas viaturas que apoio o MPLA em Luanda na campanha e em várias actividades onde saíram os 20 autocarros que ofereci a todos comités municipais do MPLA em Luanda, as 20 viaturas a JMPLA, os 5 Jeeps Land Cruzers à direcção do MPLA Luanda, o Jeep Touareg de 150 mil USD ao primeiro secretário do MPLA em Luanda, Bento Bento, ao Paulo Pombolo. Um parque que por lei pelo facto de ter ficado lá e cuidado por mais de 3 anos, tenho direitos sobre o mesmo, me foi retirado numa atitude de arrogância e abuso de poder e entregaram ao fundo Lwini”, revela Riquinho.
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