Perante muitos milhares de apoiantes reunidos no campo da Feira Internacional de Luanda (FILDA), no município do Cazenga, arredores do centro da capital, Isaías Samakuva surgiu ladeado da estrutura da UNITA - o vice-presidente Raul Danda, o secretário-geral Franco Marcolino Nhany, e de Rafael Massanga Savimbi, o filho do líder histórico do partido, Jonas Savimbi.
O presidente da UNITA fez um balanço de um mês de campanha eleitoral em Angola - que oficialmente termina hoje -, no qual disse ter percorrido as 18 províncias do país, por terra, "em conversa com o povo".
"Palmilhamos este país. Por todo o lado por onde passamos ouvimos o grito da mudança" porque o povo está em sofrimento, disse Isaías Samakuva.
"O que vi é impressionante. Vi miséria extrema. (...) Crianças desnutridas e mais velhos sem esperança no amanhã", disse o líder da UNITA, fazendo o contraste com o país mostrado na televisão pública angolana, que "mostra um país de paraíso que não existe".
Por isso mesmo, Isaías Samakuva considerou que hoje "é um dever patriótico mudar de vida e dizer ao MPLA que vá descansar um bocado", disse o candidato da UNITA à eleição, indireta, para Presidente da República, fazendo um apelo a todos os angolanos, mesmo os do MPLA.
"Vamos mudar. Também aquele que é do MPLA está a sofrer. A água que você não tem, ele também não tem. A eletricidade que não chega ao seu bairro, também não chega a ele", disse.