Grupo chinês está a negociar concessão de 30 mil hectares em Angola para cultivo de arroz

O grupo chinês Citic está em conversações com o governo de Angola para obter a concessão de 30 mil hectares de terras para exploração agrícola na província do Bié..

Luanda – O grupo chinês Citic está em conversações com o governo de Angola para obter a concessão de 30 mil hectares de terreno para exploração agrícola na província do Bié, informa a agência noticiosa chinesa Xinhua.

A agência adiantou que o terreno será destinado à cultura do arroz, ao abrigo de um projeto que tem o apoio financeiro da banca chinesa.

O grupo estatal chinês gere atualmente duas importantes áreas agrícolas com 20 mil hectares nas províncias do Uíge e de Malange, que servem como zonas piloto para o desenvolvimento agrícola de Angola.

"Angola tem muita precipitação e estamos a tentar recuperar o seu estatuto de um dos maiores produtores de cereais do continente africano", disse Liu Guigen, gerente-geral do grupo Citic Construction Africa que está envolvido no projeto.

A propriedade agrícola da Citic em Malange, a 380 quilômetros de Luanda, é considerada a mais moderna e avançada de Angola, tendo colhido mais de 10 mil toneladas de cereais na última campanha agrícola. Na fazenda do Uíge, além de agricultura, está em curso o desenvolvimento da pecuária.

Angola consome cerca de 4 milhões de toneladas de cereais por ano mas necessita de recorrer a importações do Brasil e da Namíbia, entre outros países, uma vez que a produção nacional é de apenas 1,5 milhões de toneladas.

A Citic Construction, que está agora envolvida em projetos de desenvolvimento agrícola em Angola, foi a responsável pela construção da cidade satélite de Kilamba Kiaxi, nos arredores de Luanda, num investimento de 3,5 mil milhões de dólares.

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