"A passada semana foi marcada pela contínua depreciação do kwanza face ao dólar e face ao euro", escrevem os analistas do BFA no comentário semanal à evolução do mercado, apontando para as quedas de 9,87% face ao dólar e de 9,95% face ao euro.
O kwanza terminou a semana passada a valer 660,6 kwanzas por dólar e 711,4 kwanzas por euro, e o BFA diz que "o ritmo de queda do kwanza parece não estar a diminuir".
"Na nossa perspetiva, a moeda angolana deverá voltar a apreciar no médio prazo, corrigindo parte do movimento que tem ocorrido nas últimas semanas", concluem os analistas.
A redução da produção e do preço do petróleo teve um impacto nas contas públicas angolanas, ainda fortemente dependentes da evolução do crude apesar dos esforços de diversificação da economia.
"O declínio no preço está a afetar negativamente não apenas a taxa de câmbio, mas também os resultados orçamentais e comerciais de Angola", disse, na semana passada, o departamento africano da consultora Oxford Economics, lembrando a queda de 27,1% no excedente comercial nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com os quatro meses anteriores, e a redução de 33% nas receitas do primeiro trimestre face aos três últimos meses de 2022.