Segundo o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet) angolano, que apresentou hoje os dados referentes às realizações das exportações angolanas de petróleo bruto e gás referentes ao segundo trimestre de 2023, o volume de petróleo bruto exportado representa um aumento de 6,71% comparativamente ao trimestre anterior e uma diminuição de 9,47% em relação ao trimestre homólogo.
O diretor do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do órgão ministerial, Alexandre Garreto, indicou que os preços das ramas angolanas tiveram uma tendência decrescente nos meses de abril, maio e junho deste ano.
A média trimestral das ramas angolanas foi de 76,1 dólares/barril, enquanto a média do Brent datado foi de 78 dólares/barril.
Sobre o mercado internacinal, o responsável apontou o sentimento macroeconómico desfavorável, a dificuldade da China em recuperar-se da situação pós-covid, os sinais de abrandamento económico nos Estados Unidos da América, devido às políticas do Banco Central, como fatores que contribuíram para a diminuição do preço.
Em sentido contrário, entre os fatores que levaram a uma subida dos preços, estão o anúncio dos cortes de produção da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cortes voluntários de 1,6 milhões de barris/dia em abril e o aumento da procura dos combustíveis.
A China foi o principal destino do petróleo bruto angolano no segundo trimestre com uma quota de 64,25%, seguido da Índia (6,20%), Brasil (4,25% e Espanha com 4,05%.
Em relação ao volume de LNG (gás natural liquefeito), LPG (gás propano) e condensados, foram exportados neste período 1.124.592 toneladas métricas valorizadas em 542,3 milhões de dólares (488 milhões de euros).
Comparativamente ao trimestre homólogo de 2022, refere o Mirempet, registou-se um aumento de 18,94% no volume exportado, enquanto em relação ao trimestre anterior se observou uma diminuição de 2%.
Países Baixos (23,30%), França (15,48%) e Alemanha (15,38%) foram os maiores destinos das exportações de LNG.
O gás butano angolano, neste período, teve como único destino a China (100%), o gás propano Porto Rico (13,87%) e China (9,62%) e o destino dos condensados “ainda está por determinar”.