A província angolana da Huíla regista hoje uma paralisação dos serviços de táxi, devido à subida do preço da gasolina e a polícia está a tentar conter a situação, soube hoje a Lusa de fonte policial.
A Associação Mãos Livres, defensora dos direitos humanos, responsabilizou hoje o Governo angolano pelos protestos contra a subida do combustível, que resultaram em cinco mortos e oito feridos na província do Huambo, considerando esta uma “decisão política precipitada”.
O balanço final da polícia sobre os tumultos registados, segunda-feira, na província angolana do Huambo, dá conta de cinco mortos, oito feridos e 34 detidos, na sequência de protestos para a atribuição de subsídios aos combustíveis, soube hoje a Lusa.
O engenheiro agrónomo angolano Fernando Pacheco criticou hoje a "subida brusca de quase 100%" do preço da gasolina no país, que tem "efeitos gravosos" na vida das pessoas, na inflação e na confiança ao Governo, defendendo "aumento gradual".
Violentos confrontos entre a policia e moto taxistas que protestavam contra o aumento da gasolina no Huambo resultaram em vários mortos e feridos, disseram à Voz da América diversas fontes.
A UNITA criticou hoje a decisão o Governo de Angola de retirar subsídios da gasolina, considerando que a medida tem um impacto violento nos preços, na vida das famílias e das empresas.
O presidente da Federação das Associações dos Transportadores Rodoviários de Passageiros, Mercadorias e Afins (Fatropma) considerou hoje justa a retirada gradual do subsídios aos combustíveis, pecando por ser tardia.
O Presiente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reagiu hoje ao anúncio do aumento do preço de gasolina feito na quinta-feira, pelo Governo, considerado que há muito que os subsídios aos combustíveis têm beneficiado a classe com mais recursos na nossa sociedade.
O anúncio do aumento do preço da gasolina em Angola originou hoje enchentes nos postos de abastecimento em Luanda, com filas intermináveis de viaturas e automobilistas agastados pela espera para abastecer, receando a subida do custo de vida.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica disse hoje, em Luanda, que a redução dos subsídios à gasolina vai permitir a Angola reservar recursos que permitirão fazer mais investimentos em áreas fundamentais para o desenvolvimento do país.